terça-feira, 30 de março de 2010

É o diferente que faz a diferença.


Acredito que todas as pessoas do mundo podem ser legais. E que a grande maioria é especial. Muitas pessoas são importantes e algumas são apenas ótimas companhias. Sei que poucas pessoas são essenciais e nos bastam. Mas dá para contar nos dedos de uma mão quantas fazem a diferença. Certa vez me disseram que para fazer a diferença é preciso fazer alguma coisa importante, ser alguém de boa fama ou até mesmo se desdobrar para chamar a atenção alheia. Grave erro! Descobri que para fazer a diferença basta ser diferente. Não aquele diferente excentrico, mas o diferente mesmo! Aquele que, sem perceber ou querer, chama a atenção de todos ao redor. Aquele que deixa seu rastro por onde pisa e seu cheiro por onde passa. Aquele que fala diferente dos demais, até engraçado, mas encantador. Aquele capaz de usar uma venda invisível (tantas vezes inexistente) e esquece que há pessoas o olhando, elogiando ou criticando. Ser diferente é excepcional, é mágico, é o máximo! Ser diferente é abraçar o mundo sem sentir e guardar no bolso cada momento vivido. O único empasse de ser diferente é que algumas vezes ser diferente é ser apaixonante. Bem como é uma delícia essa emoção, pode ser de fato intrigante e doentia. A paixão é o que nos cega, o amor nos abre os olhos. E o diferente é atraente, atrativo e instigante. Você é diferente? Que diferença você faz? Já parou para pensar no que tem feito para apaixonar alguém? Já escolheu que artifícios vai usar para encantar seu par? Antes de tudo, me olhe nos olhos ao falar. É em seus olhos que vejo o brilho da verdade, é neles que revela suas verdades. E é só e somente só quando os olhos se encontram que as pessoas são capazes de fazer a diferença. Não tenha medo ou vergonha de ser diferente. É o diferente que faz a diferença.

domingo, 7 de março de 2010

Qual é o sentido da vida?


Andei pensando em como tenho vivido minha vida e cheguei a uma conclusão: não é exatamente como eu sempre quis. Francamente, não sou plena e completamente justa comigo mesma. Acho que não sei viver. Na verdade, acho que ainda não aprendi como se faz. Ainda vai levar um tempo para eu entender a que vim, compreender o sentido da vida. Mesmo depois de tanto estudo, tantas pesquisas, tantos livro lidos, tantos textos escritos em uma tentativa de me entender e me explicar, ainda vai levar um tempo (um bom tempo) para que eu consiga completar meu quebra-cabeça. Mas, afinal, qual é o sentido da vida? Por que nos preocupamos tanto com isso? Passamos tanto tempo nos dedicando ao trabalho, que acabamos perdendo alguns sinais que a vida nos dá. Perdemos tanto tempo pensando em como nos aproximar de pessoas desconhecidas (falsos ídolos), que deixamos de lado pessoas que só querem a nossa companhia (pessoas queridas). Nos preocupamos tanto com a vida alheia, que acabamos esquecendo de cuidar de nós mesmos. Idealizamos de tal forma um par perfeito, que acabamos por ficar sozinhos. Mas que vida plena e saudável é essa que buscamos com preguiça e monotonia? Que mundo é esse cujo queremos viver, sem sequer nos dedicarmos a construí-lo? Não sabemos de fato como viver essa breve e sintônica maneira de enfrentar as coisas. Mas vivemos e isso basta. Não precisamos compreender tal coisa tão complicada. Pra que nos encucar em decifrar os códigos da vida, se o mais difícil a gente já faz, que é viver? Legal seria se nós "apenas" vivêssemos, sem reclamações, sem queixas, sem delírios, sem broncas, sem regras, sem mágoas, sem fartura, sem perdas, sem exageros e sem miséria. A vida é mórbita. Não tem cor, não tem brilho, não tem cheiro e nem sabor. Não tem tamanho, nem medida, não tem data de validade e a data de fabricação é aquela do papel do cartório. Quem faz com que a vida tenha graça somos nós. Quem dá a cor, as dimensões e faz ser válida a sua vida é você. É você quem define qual é o sentido da sua vida. É você quem a faz ser como ela é. É você quem dita as regras, quem dá as cartas e quem começa o jogo. É você quem causa suas desilusões, suas aflições e tristezas, bem como é também só você quem agarra as oportunidades de ser feliz e conquista seu espaço nesse imenso mundo. A vida é uma delícia! Vou recomeçar e viver melhor. Você também deveria fazer isso, tudo que é novo é mais gostoso. Eu sei que a vida muitas vezes não é aquela festa que gostaríamos que fosse, mas já que estamos aqui, me concede essa dança?

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Príncipe e a Sapa


Até certa ocasião ocorrida, eu era ciumenta, carente e talvez até dependente de atenção e companhia. Coisas acontecem, pessoas mudam, pessoas mudam outras pessoas, a vida se renova e a alma se lava. Eu achava, por minha breve experiência, que os homens buscavam se relacionar com mulheres independentes, capazes de sonegar uma paixão mesmo que morrendo de desejo, sensatas e produtivas. Mulheres que não cobrassem atenção do par, que não exigissem amor recíproco, que não se importassem com o parceiro tanto quanto consigo mesmas. Podia jurar que um homem independente e lindo, com inúmeras possibilidades de paixões intensas e rápidas, gostaria de ter ao seu lado uma mulher madura, sábia e viril, que soubesse lidar com qualquer situação sem se prender ao par, sem se tornar grudenta, que fosse apenas amante. Nadei, nadei e morri no mar. Afogada em minha profunda enganação, naufraguei em minha auto-suficiência. Ao pé de viver uma linda história de amor, iludida com minha crença de "romance ideal" sem ciúme e cobrança, me tornei fria e seca como a pele escamosa de um camaleão. Não demonstrei minha leve possessividade e escondi meu saudável ciumezinho, causando, assim, uma imagem cruel e perversa de menina doce e gentil. Estava realmente apaixonada por ele, mas não deixei que ele visse esse sentimento, por medo que ele me deixasse ao notá-lo. Temia que ele me visse como controladora, precipitada e sufocadora. Por essa fobia, perdi. Deixei escapar uma pessoa maravilhosa. Para meu remorso ser maior, mesmo quão grande já era, surpreendeu-me, ele, ao dizer que sentiu falta de um ciuminho, de uma cobrança, de uma atenção maior. Afinal, tal foi minha surpresa, que a história era outra. Ele é quem era carente. Ele foi quem sentiu mais a falta de uma ligação inusitada no meio da noite. Éramos como Romeu e Julieta (sobremesa), eu o queijo e ele a goiabada. Uma história ao avesso, onde a princesa era ele e o sapo era eu. Ele era, enfim, o meu príncipe! Infelizmente, percebi isso tarde. Ou melhor dizendo, já era tarde, porque eu já havia me transformado no Ogro da floresta e não seria justo aproximar-me do coelhinho indefeso. Minha pele se transfomara em uma casca dura e esverdeada, meu coração... talvez não tivesse mais afeto. Eu estava frágil. Encurralada em minha própria emboscada, pendurada em minha própria forca. Lamentavelmente eu deixei aqueles lindos olhos azuis virarem a esquina, levando seus belos e lisos fios dourados e aquele forte coração cheio de amor. Embora eu recorde com carinho essa história, trago comigo a vontade de tentar de novo e a esperança de vê-lo feliz. O que é para ser nosso, ninguém tira. Um dia eu volto a encontrar o meu Pequeno Príncipe.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Verdades sem vergonha


Que ser humano é capaz de assumir, inteira e verdadeiramente, os erros alheios? Que pessoa em sua sã consciência gosta de sofrer enquanto os outros se esbaldam em vibrantes gargalhadas? Sabe que eu até curto um pouco disso? Gosto de ver o olhar de desconfiança, mas agradecidos das pessoas as quais procuro ajudar quando estão em encrenca. Me divirto, mesmo em nostalgia, se meus companheiros de bar ou trabalho estiverem alegres, presos em sua eterna falsa felicidade e satisfação. Até sinto-me bastante resiliente, afinal até sou. Me maltrata perceber que um colega se deu mal em uma mancada que sabia que não ia dar certo, mas até me esforço para não rir em sua "cara" só por gostinho de vê-lo em seu próprio alvo de dardo. Se sabia que ia dar mais trabalho se o trama fosse descoberto do que se tivesse feito certo, por que fazê-lo, afinal? Feliz e completo é aquele que assume suas tristezas e aceita suas mágoas com a força de se levantar depois daquele tombo causado por um tropeço em seu próprio pé e seguir em frente sem olhar para trás, evitando assim saber quem riu do seu inevitável deslize. Pleno é aquele que não se conforma fácil. Conformistas não me atraem. Conformistas aceitam facilmente as coisas da vida e visam o destino como modo de viver e acreditar que já há uma história escrita. Mal sabe ele que está perdendo a grande oportunidade da vida, a chance de traçar seu próprio caminho e escrever seu destino. Conformistas se acomodam e não reagem às dificuldades psíquicas e nem ultrapassam as barreiras físicas. O conformismo amordaça pessoas brilhantes em seu próprio Eu, em sua mente. Não conforme-se! Vá atrás de mudanças! Corra enquanto há tempo de alcançar. Mude! Acredite que pode melhorar e faça-o. Só você pode construir e destruir os gigantescos muros em sua mente. E não seja hipócrita, assuma suas vontades e desiniba seu Eu. Deixe-o livre para sorrir enquanto os outros choram e para chorar quando outrem sorrir. Não sinta vergonha. Não se martirize. Se mostre.